Espalhamento Inelástico de Pósitrons por Moléculas Diatômicas.

Nome: JENIFER GERIBOLA PINHEIRO

Data de publicação: 29/09/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTONIO CANAL NETO Examinador Interno
DENISE DA COSTA ASSAFRAO DE LIMA Coorientador
FELIPE ARRETCHE Examinador Externo
LUIS ARGEL POVEDA CALVINO Examinador Externo
MARIA CRISTINA ANDREOLLI LOPES Examinador Externo

Páginas

Resumo: A interação entre elétrons e pósitrons com átomos e moléculas é alvo de muitos estudos, teóricos e experimentais, nos últimos anos pois possibilita o avanço no entendimento da dinâmica de interação entre essas partículas e a matéria. Ao abordar colisões entre elétrons e pósitrons com alvos moleculares ou atômicos precisamos considerar os diferentes canais de interação, que incluem, além da colisão elástica, os canais de excitação (eletrônica, vibracional, rovibracional), ionização, dissociação e, quando o projétil é um pósitron, os canais de formação de Positrônio e aniquilação. Essas duas características exclusivas do espalhamento por pósitron representam uma dificuldade adicional no tratamento destes sistemas, principalmente do ponto de vista experimental e considerando o limite de baixas energias. A análise experimental, iniciada nos anos 1970, ainda enfrenta desafios, com discrepâncias persistentes nos dados.
Essas diferenças se devem, principalmente às dificuldades observadas na produção e controle do feixe de pósitrons incidente, especialmente em baixas energias. Teoricamente, as dificuldades não são menos presentes. A interação entre pósitrons e alvos moleculares ou atômicos são descritos por meio de um potencial pósitron-alvo que levam em conta três regiões: uma região
repulsiva de curto alcance, uma região atrativa de longo alcance e uma região intermediária que envolve efeitos de correlação e polarização do alvo. Esta última é, sem dúvida, a região que desafia os teóricos. O efeito desta interação é resultado da modificação da carga molecular/atômica devido à aproximação do projétil e deve ser maior quanto menor for a energia do
projétil incidente. Neste contexto, propomos uma abordagem teórico computacional para a construção de uma superfície de energia potencial (SEP) para a interação pósitron-moléculas diatômicas, dependente parametricamente da distância pósitron-alvo e que, em princípio, contém informação sobre as três regiões de interesse. Como ponto de partida, usamos a metodologia
Finite Nuclear Mass Correction (FNMC) que trata o pósitron como um núcleo leve. A FNMC vem sendo usada no tratamento de sistemas positrônicos, em especial, na construção de potenciais de interação pósitron-átomos com resultados comparáveis aos melhores dados experimentais disponíveis. Nesta tese, aperfeiçoamos a metodologia ao aplicá-la em sistemas pósitron-moléculas. A SEP é representada por uma função analítica ajustada nos pontos abinitio FNMC e este potencial é usado para obter as seções de choque elástica e inelástica. As equações de espalhamento são resolvidas usando a aproximação Close-Coupling (CC) implementas no código computacional MOLSCAT. Aplicamos nossa metodologia no cálculo das seções de choque de espalhamento elástico e inelástico (rotacional e vibracional) para os sistemas pósitron-H2, N2 e O2 e comparamos com os dados experimentais e teóricos reportados recentemente. Como resultado, mostramos que a FNMC representa um modelo alternativo
para tratar o problema do espalhamento de pósitrons por moléculas diatômicas homonucleares com resultados relevantes na compreensão do mecanismo de interação pósitron-molécula diatômica, uma vez que toda informação acerca da estrutura eletrônica do alvo é computada na SEP. Além disso, a possibilidade de se obter as seções de choque de espalhamento elástico e
inelástico, considerando canais de excitação vibracional e rotacional, usando o mesmo potencial de interação se torna extremamente atraente e aplicável a um grande número de sistemas.

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