Modelos e observáveis além da hipótese de homogeneidade da cosmologia padrão.
Nome: EDDY GIUSEPE CHIRINOS ISIDRO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 11/07/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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VALERIO MARRA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ARMANDO BARTOLOME BERNUI LEO | Examinador Externo |
JAILSON SOUZA DE ALCANIZ | Examinador Externo |
JÚLIO CÉSAR FABRIS | Examinador Interno |
VALERIO MARRA | Orientador |
WILIAM SANTIAGO HIPOLITO RICALDI | Examinador Externo |
Resumo: Na primeira parte desta tese apresentamos três trabalhos desenvolvidos nos primeiros anos do meu doutorado. O primeiro está baseado em considerar uma pressão viscosa eficaz como resultado do backreaction das inomogeneidades dentro do formalismo de Buchert. Consideramos uma métrica efetiva com raio de curvatura dependente do tempo e realizamos testes observacionais com dados de Supernovas Ia e comparamos com outros modelos (entre eles ΛCDM). No segundo trabalho descrevemos, na base da métrica de Lemaître-Tolman-Bondi (LTB), dois modelos de tempo de big bang inomogêneos e planos. Dependendo do sinal da derivada, respeito de r, do tempo de big bang inomogêneo teremos uma colina local ou um vazio local. Estes modelos são modelos de brinquedo (teste), os quais serão ajustados com dados de supernovas Ia. Também discutimos medições futuras do redshift-drift como uma ferramenta promissora para discriminar entre configurações inomogêneas e o modelo padrão. No terceiro trabalho novamente consideramos efeitos de backreaction cosmológico no formalismo de Buchert, mas esta vez com base em uma solução explícita da dinâmica
de LTB que é linear no parâmetro de curvatura e tem um tempo de big bang inomogêneo. Esta configuração representa um modelo de brinquedo exatamente solucionável mas não descreve adequadamente nosso Universo real. Esta inconsistência é verificada ao confrontar nossos resultados com dados de supernovas Ia e com dados de idade diferencial de galáxias antigas para a taxa de Hubble. Em nosso último trabalho descreveremos o cosmos com uma análise independente do modelo. Isto será possível graças ao mapeamento de galáxias que possibilita estudos detalhados sobre a natureza das flutuações na densidade média do Universo e a formação de estruturas em grande escala. Estudaremos as Oscilações Acústicas Bariônicas (BAO), já que é uma escala caracte-rística impressa na distribuição de galáxias e na radiação cósmica de fundo, a qual pode ser usada como regua padrão. Para encontrar esta escala característica de BAO radial aperfeiçoamos o método de E. Sánchez et al. 2013. Logo realizamos os testes observacionais com dados da terceira fase de Sloan Digital Sky Survey (SDSS-DR12) da pesquisa Baryon Oscillation Spectroscopic Survey (BOSS) e
verificamos nossos resultados com dados simulados de MultiDark-PATCHY DR12.